terça-feira, 29 de novembro de 2011

Quanto tempo se passou: esqueça o relógio!

 
      Meia-noite, talvez sim, talvez não, hoje a hora não me importa, já não sei o hoje que dia é...Nada além da cena que se passa importa neste momento. No meio de uma estrada de terra em algum lugar nos arredores de Minas; Olhando para o lado, pela janela do carro,  só campos e matas ,misteriosamente, obscurecidos pelo brilho prata da lua cheia, contemplada por suas seguidoras, as sonoras estrelas...Parei, olhei, quem sabe um suspiro, não sei, tudo a minha volta parou...lá longe, uma luz , um risco no céu iluminou meu olhar de tal forma que nem mesmo o mais desequilibrado dos sentimentos seja capaz; Uma estrela cadente cruzou meu caminho sem pedir licença,imponente e delicada como uma harpa a tocar.Fiquei fisicamente imóvel, minha mente navegou pelo mar negro junto com aquela luz...estava ali parada ,no meio do nada, mas minha mente passava por todo o campo enevoado,  podia dizer com total firmeza que eu fazia parte desse pedaço de terra, ali naquele instante senti como se a vida valesse mais a pena, senti que o tempo era uma mera brincadeira do destino...senti-me, finalmente, parte desse mundo contínuo...Essa sensação  penetrou minha alma como aquela estrela caiu e penetrou o infinito!
     Olhar todo esse espaço noturno sendo preenchido pela névoa, o rio sendo banhado por aquele manto branco... Infinito preto e branco... E a temperatura de 5 graus tocando minha face lembrando-me que o sono está quase me derrotando... Não, não é uma derrota eu estou em paz, respirando como há tempos não fazia,  já podia fechar os olhos. Fechei... Pisquei para o relógio: 00h01.

2 comentários:

  1. Mas essa minha prima é uma artista, viu! Linda!

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  2. Que lindo, adorei o texto! Posta sempre aqui, já está nos favoritos! Beijos, Lígia.

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